A nova vaga para Técnico em Segurança do Trabalho no SESI é mais do que uma oportunidade: é um termômetro do novo perfil profissional que o mercado exige
O anúncio da vaga de Técnico em Segurança do Trabalho pelo SESI traz à tona muito mais do que uma simples contratação. Ele reflete o novo paradigma das exigências profissionais para atuar em áreas técnicas dentro de grandes instituições industriais. Em tempos nos quais a segurança do trabalho ganha ainda mais relevância frente às transformações laborais e aos riscos psicossociais crescentes, essa vaga é um estudo de caso perfeito para analisarmos o que o mercado espera — e oferece — aos profissionais da área.
Uma vaga que exige mais do que o diploma
Não se trata apenas de ter o curso técnico em Segurança do Trabalho no currículo. A exigência do registro ativo no SRTE, a necessidade de CNH B e a disponibilidade para deslocamentos demonstram que o profissional ideal precisa ser ágil, versátil e preparado para ambientes de trabalho descentralizados e dinâmicos.
Mais do que isso, a exigência de experiência mínima (mesmo que desejável e não obrigatória) aponta para uma tendência importante: cada vez mais empresas querem minimizar o tempo de rampagem de seus profissionais. Ter passado por vivências práticas, ainda que em estágios ou trabalhos temporários, pode ser o diferencial entre ser aprovado ou não.
Salário competitivo e contrato de longo prazo
O salário de R$ 4.407,55, dentro do padrão técnico da região sul, é bastante competitivo, sobretudo se considerarmos que o regime é CLT e o contrato é por prazo indeterminado. Isso indica estabilidade, uma das qualidades mais buscadas por profissionais técnicos atualmente.
Além disso, a jornada de 220 horas mensais, com possibilidade de definição do turno (matutino ou vespertino), demonstra certa flexibilidade por parte da instituição — algo pouco comum em ambientes industriais mais rígidos.
A nova face do Técnico em Segurança do Trabalho
Ao observar as atribuições da função, fica claro que o papel desse profissional se expandiu. Não é mais apenas sobre garantir o uso de EPIs ou aplicar normas da NR-6. Agora, o técnico precisa estar familiarizado com:
- Elaboração do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), que exige leitura crítica, capacidade de articulação entre áreas e visão preventiva integrada;
- Avaliações ambientais quantitativas e qualitativas, o que requer domínio técnico, capacidade de interpretação de dados e uso de ferramentas específicas;
- Avaliação Ergonômica Preliminar e Psicossocial, áreas que até pouco tempo eram vistas como “atribuições de psicólogos” ou “extras”, mas que hoje são centrais;
- Gestão via eSocial, envolvendo conhecimento sobre plataformas digitais de gestão trabalhista e a necessidade de integrar dados com clareza e precisão.
O Técnico em Segurança do Trabalho de hoje precisa, obrigatoriamente, ser multidisciplinar.
Processo seletivo: filtros técnicos e comportamentais
Um dos aspectos mais interessantes da vaga é a forma como o processo seletivo está estruturado. Não se trata apenas de enviar currículo e aguardar uma ligação. O processo é dividido em etapas com critérios objetivos e prazos bem definidos. Isso valoriza o tempo do candidato e confere mais transparência à seleção.
Principais etapas:
- Inscrição e confirmação por e-mail entre 23/04 e 01/05.
- Testes de FIT Cultural e Competências: avaliam se o perfil do candidato está alinhado com os valores da instituição.
- Análise curricular (com possível nota de corte).
- Estudo de Caso online, onde o profissional precisará apresentar uma solução técnica e argumentá-la em uma entrevista e apresentação online.
- Avaliação final com fórmula ponderada: NF = ((TFC + (AP × 2)) / 3)
Esse processo mostra que não basta saber — é preciso saber aplicar, comunicar, planejar e interagir.
A importância estratégica do SESI no ecossistema da segurança do trabalho
O SESI não é apenas uma contratante. Trata-se de uma das instituições mais relevantes no suporte à indústria catarinense, promovendo qualidade de vida e segurança no ambiente de trabalho. Portanto, essa vaga também significa integrar um ecossistema onde o profissional poderá crescer, participar de projetos robustos e ampliar sua visão estratégica da área de SST.
Além disso, ao trabalhar com metodologias atualizadas, como o eSocial e o PGR em sua nova configuração, o profissional também terá acesso constante a capacitações e atualizações exigidas pela legislação e pelo mercado.
Oportunidade para quem quer crescer com propósito
Este é o tipo de vaga ideal para profissionais que não querem apenas “cumprir tabela”. O SESI busca alguém que queira se engajar em algo maior: garantir a integridade física e emocional dos colaboradores da indústria, atuando com rigor técnico e sensibilidade humana.
É também uma oportunidade para quem tem ambição profissional. Trabalhar em uma entidade do Sistema FIESC (que inclui SENAI, IEL e FIESC) é abrir portas para mobilidade interna e desenvolvimento de carreira — algo raro em muitas empresas privadas.
Considerações finais: por que você deve considerar essa vaga?
Se você é Técnico em Segurança do Trabalho e está em busca de uma colocação que valorize sua formação, ofereça estabilidade, desafie suas competências técnicas e proporcione um ambiente de trabalho institucionalizado e de grande impacto social, esta vaga é para você.
Além disso, o SESI demonstra, com clareza, o compromisso com a excelência em seus processos seletivos, a valorização do capital humano e a adaptação às novas exigências do mundo do trabalho.